sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Terra de oportunidades

Que vivemos um momento delicado e até certo ponto difícil em termos de economia e política, não podemos ser hipócritas em dizer que não. A crise econômica era prevista desde 2013 - não era prevista apenas pelo governo federal que precisava se manter no Poder -, mas os fatores políticos agravaram bastante o cenário. Não que falte dinheiro para movimentar a nossa economia e possibilitar superarmos este ciclo mais rapidamente. É que a instabilidade e o desequilíbrio nas instituições políticas causam uma retração e um impacto considerável na sociedade, causando por consequência uma retração por parte de alguns investidores.

O lado bom disso tudo é que há uma decantação de convicções e um afinamento no foco, desvendando cada vez mais o que é preciso para virar esta página. E outra coisa muito boa, que considero nestes momentos, é que na verdade não há crise para quem acorda cedo e faz o que sempre fez: trabalhar duro e correr atrás dos seus sonhos. Cachoeira do Sul dá mostras interessantes neste aspecto. Por exemplo, há poucos dias fomos assolados pelos efeitos climáticos violentos, com enchentes, temporais com ventos fortes e granizo. A solidariedade falou mais alto e o prejuízo poderá ser minimizado com o afinco das pessoas da cidade e do campo.

Os prejuízos não são pequenos, fazendo com que as esferas governamentais busquem com urgência auxílios financeiros emergenciais, além de fazer com que se discuta melhorar ainda quais os planos para atender futuramente catástrofes como esta. Problemas como moradias em locais inóspitos, ribeirinhos, das comunidades mais carentes, precisam ser atendidos em um médio e longo prazo, com a criação de novas zonas residenciais adaptadas aos tempos modernos. Precisamos de condomínios cada vez mais pensados em favorecer a implantação de infraestrutura com um ótimo custo-benefício. Afinal, o Rio Jacuí sempre será fonte direta de subsistência de inúmeras famílias e precisa se tornar mais e mais também o ponto de encontro da comunidade e dos visitantes.

Além de tudo, surge em nossa comunidade uma legião de jovens empreendedores e inovadores em seus setores. São investimentos que passam pelo agronegócio, tecnologia, alimentação, entretenimento, indústria, comércio, prestação de serviços, entre outros. Talvez esteja aí a maior oportunidade e a perspectiva de um futuro melhor para o desenvolvimento regional de Cachoeira do Sul. Se olhamos ao nosso redor, mesmo não sendo hipócritas de saber que temos muito a avançar em termos de desenvolvimento coordenado e planejado, vemos uma efervecência cultural e de novos projetos de negócios acontecendo. Uma nova era de oportunidades está começando, e se um dia era impossível pensar que teríamos como atravessar a rua e entrar no shopping center de Cachoeira ou comer um fast food anunciado pela mídia nacional, agora esta oportunidade está ao nosso alcance.

Cachoeira é sim, e será cada vez mais, uma terra de oportunidades. Sejam bem-vindos a esta nova era, cachoeirenses ou não.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Cachoeira e a Norte-Sul

Há alguns anos vivemos a expectativa de que a tão sonhada obra da Ferrovia Norte-Sul passe por Cachoeira do Sul. O projeto é grandioso, quase "faraônico" até, mas essencial para restabelecer este importante modal para a logística de transporte para o país e para o nosso Estado. A economia sofre e quem produz clama por alternativas que tragam redução de custos operacionais e mais competitividade para os negócios, gerando assim mais riquezas.

A notícia deste mês, após o encontro com o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, na sede da FIERGS, em Porto Alegre, no dia 21 de agosto, é muito positiva. Conforme os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (ETVEA), apresentados na ocasião, Cachoeira do Sul encontra-se na previsão de rota do traçado da ferrovia, no trecho compreendido entre São Paulo e o Porto de Rio Grande.

Torcemos para que isso aconteça, muito embora, mesmo sem estudos muito aprofundados de viabilidade técnica e econômica, pensamos que o mais inteligente para os investidores é aproveitar sim, ao máximo, o traçado das antigas ferrovias gaúchas, contemplando com isso todas as regiões do Estado. Aparentemente, mesmo que seja necessário construir novamente a malha ferroviária, ao se adotar o leito já existente, haveria uma enorme economia em obras básicas de infraestrutura, desapropriações, entre outros fatores de interesse do empreendimento.

Mas a luta não pode ser abandonada e as lideranças cachoeirenses, inteligentemente, já se aperceberam do grande potencial da instalação de um pólo logístico (pátio de cargas) para atender a Norte-Sul em solo gaúcho. É preciso e está mais do que na hora de Cachoeira formar a sua "Comissão Pró-Ferrovia Norte-Sul", para reforçar seus argumentos de forma técnica e com projeto. Ou seja, precisamos elaborar uma proposta completa e convincente sobre como seria este pólo e qual sua melhor localização e estrutura.

O apoio de Santa Maria será vital, englobando todas as regiões e todos os municípios que serão beneficiados com este traçado, ou seja, desde o norte do Estado, Fronteira Oeste, Metade Sul, Centro, Vales e até mesmo a região Metropolitana, que terá desafogado seu fluxo com o deslocamento destes investimentos mais para o cento do Estado. Cabe unir as forças e atrair também Santa Cruz do Sul, que também será beneficiada pela proximidade ao tronco da Norte-Sul.

A luta continua e a articulação por Cachoeira do Sul precisa ser mantida até o final, ou seja, durante vários anos, pois esta é uma obra que se arrasta pelo país. Desde o início do empreendimento em Barcarena, Estado do Pará, há um longo processo a ser vencido. Já se ouve vozes que defendem a execução paralela já partindo do município de Rio Grande e que possa agilizar o cronograma das obras da Região Sul. Outra bandeira que deve ser defendida pelo RS e por todos os estados do Sul do país.

Artigo publicado na edição impressa do Jornal do Povo - 12 de setembro de 2015

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Onde está a verdadeira essência das manifestações?

Temos visto nos últimos tempos, motivadas pelos mais diversos fatores, mas principalmente políticos, muitas manifestações por todo o Brasil. No dia 16 de agosto houve mais uma edição, a terceira, a exemplo das ocorridas em março e abril deste ano. Não quero aqui entrar no mérito e discutir pontos isolados dos fatos, mas é importante registrarmos informações que considero importantes.

A principal delas é de que algo está acontecendo. Mesmo que em uma leitura panorâmica de todo o período, as redes sociais são o ingrediente novo dos tempos modernos, onde já vivemos quase que plenamente o mundo digital e com interação instantânea, e que ajuda a descentralizar a organização e mobilização da sociedade e que dá, até certo ponto, um caráter mais comunitário e porque não dizer mais democrático do que das mobilizações organizadas por representações institucionais tradicionais.

Mesmo assim, é possível também constatar que agentes políticos partidários estão aprendendo a levar o jogo da disputa eleitoral para o seio dos protestos. Não que não seja legítimo, mas, a meu ver, é justamente o campo político que é o principal alvo do descontentamento de muitos milhares de cidadãos. Embora apresente-se como principal bandeira do chamamento o "Fora Dilma!" ou "Fora PT!", sabemos que as coisas vão muito além.

Seria como querer personificar a culpa por uma sequencia de erros históricos, onde nenhum de nós, cidadãos, está de fora. Claro que temos que considerar a gravidade dos desacertos do governo central, que se utiliza da mesma forma, senão cada vez mais e melhor, da grandiosidade da máquina pública para se auto-promover com efeitos sobre as urnas. Não existe um universo paralelo em que o mundo político organizou-se para locupletar-se das instituições estabelecidas constitucionalmente, sem que isso seja um reflexo da nosso própria sociedade como um todo. Uma questão cultural, que para ser mudada precisa de um processo longo e não menos doloroso.

Enquanto vemos polêmicas e repercussão em cima de aspectos um tanto superficiais das manifestações, como por exemplo o embate em cima de erros gramaticais em cartazes e placas, os verdadeiros males e a verdadeira essência que está provocando estes episódios ganha tempo e pode até passar despercebida. O que realmente importa em termos de agenda, infelizmente em nossa realidade, são as etapas que envolvem o calendário eleitoral. De toda forma, precisamos estar atentos para que nenhum ou qualquer governo faça tudo o que está ao seu alcance para se perpetuar no Poder.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Verão em Cachoeira

Mais um verão em Cachoeira do Sul e consideramos ainda em 2015 praticamente as mesmas opções de lazer para as pessoas, que vão de balneários no Rio Jacuí e em lagos e piscinas em diversos pontos, piscinas coletivas de alguns clubes sociais e o próprio lazer particular das famílias. Muito embora, é claro, o ponto principal seja mesmo o Rio Jacuí, com suas opções de banho, passeios de barco, modalidades de sky, jet-sky, canoagem, entre outras.

A Praia Nova continua sendo o principal ponto, pelo menos é a principal pauta da imprensa local no que se refere a veraneio. Mas será que ela ainda seria uma alternativa viável ou uma alternativa que realmente contemple as necessidades dos cidadãos cachoeirenses e dos seus turistas? Ou melhor, que contribua para valorizar ainda mais o potencial do Rio Jacuí e da nossa cidade? Na minha opinião não é. De tudo o que já vi na orla do Jacuí e do que já ouvi de ideias e projetos, ratifico minha posição favorável de que sejam feitos investimentos públicos e privados na margem que fica do lado de cá. Do lado do cidade, onde se chega pela Rua Moron, pela rua dos quartéis do Exército, entre outras.

Como justificativas, abordo apenas que isso significaria deixarmos de ficar de costas para o Rio Jacuí, que é inegavelmente o principal potencial natural e que colabora significativamente para o desenvolvimento econômico da cidade e que é subaproveitado. Afinal, poderia render muito mais em opção de lazer, entretenimento, convivência e como cartão de boas vindas para nossos visitantes. Devemos pensar que chega de passarmos verão após verão ouvindo as mesmas reclamações de dificuldade de infraestrutura pública na Praia Nova, já que na outra margem seria muito mais viável e econômico manter o fornecimento permanente de energia elétrica, água tratada, transporte coletivo urbano, e muito mais.

Este debate deveria vir à tona e ser conduzido por nossas lideranças, pois nossa cidade carece de espaços verdes e com estrutura mínima para esportes, pista de passeio, ciclovias, praças de brinquedos para crianças, gastronomia, e tantas outras coisas que poderiam ser implementadas com responsabilidade e visão de futuro e qualidade de vida. A ampliação de marinas para guarda e desencalhe de pequenas embarcações, por exemplo, também seria uma oportunidade de investimento.

Eu ainda sonho e tenho muitas esperanças de que ainda poderemos conviver com o nosso Rio Jacuí com muito mais qualidade e respeito, por tudo o que ele representa para Cachoeira do Sul. Seja pelo aumento considerável de embarcações de passeio dos mais diversos tipos e pela reação dos visitantes de fora ou conterrâneos que passam por aqui e que têm a oportunidade de fazer um breve passeio pela orla. A reativação da hidrovia comercial, que está na pauta há vários anos, seria um fator preponderante para que isso aconteça.

Quem sabe uma ideia inicial para nossos responsáveis pelo turismo seja a aquisição de um pequeno catamarã com administração público-privada, começando com pequenos roteiros de passeio e, quem sabe, de transporte regular entre alguns pontos da hidrovia do Jacuí (entre bairros e localidades que estão à margem do Rio Jacuí). Arrisco dizer que bem implementado não faltariam passageiros, pelo menos entre os meses de novembro e abril, com certeza - praticamente metade do ano - só para começo de conversa.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Um novo tempo

Mais um ano importante que inicia, 2015 representa uma nova oportunidade de recomeço e também acena com um cenário de certa retração na economia nacional, que terá impacto em todos os segmentos da sociedade. Momento de repensar atitudes e replanejar rotinas nos negócios e na vida pessoal.

Por isso mesmo estou retornando com a produção editorial e de conteúdos intitulada Iniciativa & Sucesso, a qual pautou o reinício do meu trabalho em Cachoeira do Sul de 2004 a 2009 e deu origem ao novo modelo empresarial que mantemos hoje. O momento é favorável para a atividade de comunicação e será cada vez melhor para quem estiver atualizado e alcançando as soluções esperadas aos seus clientes.

Sabemos que um ano não é igual ao outro, como cada dia é diferente. Como o mar, por exemplo, que pode estar revolto e agitado, difícil de navegar ou surfar, mas que pode, no próximo dia, tomar outro formato, com ondas suaves e deslizantes, ótimas para desenvolver o que preferirmos. Independente disso, cabe a nós estarmos sempre preparados para qualquer situação. Prontos a enfrentar os desafios e superar os obstáculos, por piores que eles sejam.

Seja você bem-vindo a este canal de troca de informações e de compartilhamento de ideias e anseios, onde procurarei trazer o máximo de fatos e acontecimentos do meio empresarial, mas com a preocupação necessária para que o conteúdo possa cumprir um papel produtivo e seja um fator agregador para o crescimento e desenvolvimento, acima de tudo.

Obrigado, feliz 2015 e sinta-se à vontade para compartilhar suas ideias e sugestões.